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quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Filosofia da Libertação de Enrique Dussel




Muitos de nós conhecemos ou pelo menos ouvimos falar de filósofos renomados, que influenciaram certa tempo, época, idade da humanidade.

O filosofo e a filosofia onde pretendo fazer algumas explanações ou até mesmo apresentar como novidade, é a Filosofia da Libertação de Enrique Dussel.


Dussel, filosofo argentino que teorizou está Filosofia da Libertação própria para a América Latina. Argumenta que, a filosofia clássica, ou seja, filosofia preponderante, a saber, sobretudo Kant, Hegel e Heidegger, bem como seus críticos, dentre os quais Feuerbach, Marx, Kierkegaard, não podem servir de base a um pensamento que se pretenda da libertação latino-americana.

Pois então, o que seria está Filosofia da Libertação?

filosofia da libertação trata-se de uma filosofia em particular, específica, e não aquela filosofia clássica que fora tradicionalmente européia na maior parte de sua história e, hoje, é também norte-americana.

A América Latina, devido a forte exploração capitalista que sofre desde épocas remotas das colonizações que ocorreram a partir do século XV, arcar com as conseqüências dolorosas de desigualdades sociais, fome, pobreza e miséria.

Quando os colonizadores “descobriram” as Américas, não respeitaram os nativos como seres humanos; não respeitam sua alteridade, seus costumes, a cultura, hábitos, seu modo de viver.

A Filosofia da Libertação, parte da oposição do oprimido, do excluído, da cultura massacrada e explorada, trata de mostrar a possibilidade do diálogo a partir da afirmação da alteridade ( diferença ) e ao mesmo tempo, da negatividade, a partir de sua impossibilidade empírica concreta, pelo menos como ponto de partida de que o dominado possa intervir efetivamente não numa argumentação ou numa conversação, mas num diálogo.

É necessário re-pensar a filosofia que não nos pertence, hábitos e costumes fora de nossa realidade. Devemos partir da realidade opressiva do continente latino-americano.




“ O oprimido, o torturado, o que vê ser destruída sua carne sofredora, todos eles simplesmente gritam, clamando por justiça:
– Tenho fome! Não me mates! Tem compaixão de mim! – é o que exclamam esses infelizes.
[...] Estamos na presença do escravo que nasceu escravo e que nem sabe que é uma pessoa. Ele simplesmente grita. O grito – enquanto ruído, rugido, clamor, protopalavra ainda não articulada, interpretada de acordo com o seu sentido apenas por quem “tem ouvidos para ouvir” – indica simplesmente que alguém está sofrendo e que do íntimo de sua dor nos lança um grito, um pranto, uma súplica.” Dussel (1995, p. 19)