Visitante número

sexta-feira, 27 de março de 2009

NOMEIA, MOÇA




Debruçado, lutando contra o sono não me entrego.
Entrego-me para ti mulher.
O vento, calmamente palpa minha janela, como se quisesse fazer perguntas:
“ O que pensas pobre homem?”, “ Sua lâmpada não trará sua verdadeira luz”, ele diz.
O vento trouxe-me tu para desejar e querer-te.
“O vento da vida” soprou meu querer para dentro do mundo que vivo:
o mundo das possibilidades.Onde tudo é possível.

quinta-feira, 26 de março de 2009

ME GUSTAS CUANDO CALLAS...



Me gustas cuando callas porque estás como ausente,
y me oyes desde lejos, y mi voz no te toca.
Parece que los ojos se te hubieran volado
y parece que un beso te cerrara la boca.

Como todas las cosas están llenas de mi alma
emerges de las cosas , llena del alma mía.
Mariposas de sueño te pareces a mi alma,
y te pareces a la palabra melancolía.

Me gustas cuando callas y estás como distante.
y estás como quejándote, mariposa en arrullo.
y me oyes desde lejos, y mi voz no te alcanza:
déjame que me calle con el silencio tuyo.

Déjame que te hable también con tu silencio
Claro como una lámpara, simple como un anillo.
Eres como la noche, callada y constelada.
Tu silencio es de estrella, tan lejano y sencillo.

Me gustas cuando callas porque estás como ausente.
Distante y dolorosa como si hubieras muerto.
Una palabra entonces, una sonrisa bastan.
y estoy alegre, alegre de que no sea cierto

Pablo Neruda

terça-feira, 24 de março de 2009

TOQUE


Enfim sós. Enfim juntos. Sob o sereno noturno, da noite repleta de espectadores: as estrelas. O luar. Um banho de vitalidade e o esperado: o toque.

Toque das mãos que suavemente mediam cada centímetro de seus dedos, que umedeciam a superfície das minhas palmas, onde cuidadosamente procuravam o refúgio das palavras ditas, lindas e inesperadas.

Toque dos lábios, degustando pedaços da tua boca, cada canto, cada beijar que privilegiava a minha, sentindo os músculos trabalharem levemente para sorrir.

Entre meus braços: tu. Tu moça, do sorriso radiante, dos olhos graciosos, das pernas saltitantes, das mãos macias e expressivas. A exceção.

Sós, sob a Amoreira e as estrelas: o toque.

quinta-feira, 19 de março de 2009

FRAGILIDADE


O tempo passa num piscar de olhos. A vida voa igual às folhas amarelas: suicidas. Há tanta fragilidade em nós, que nos fazemos de ‘fortes’. Preferimos aparentar uma aparência que não existe. Vestimos uma das máscaras que criamos para cada momento que não queremos revelar nossa identidade. Identidade? Temos?

Razão e emoção: eterna batalha. Árduo é o sofrimento, pela decepção e tempo perdido, mas nada é em vão, creia!

Crer no inesperado, novo, na surpresa da vida, dos sentimentos sem controle, sem pré-conceitos, sem razão, sem questionamentos prévios. Avaliar o terreno: a estratégia lógica para muitos. A vida codificada como um manual para se viver bem:

Artigo 1º. Proibido aceitar o novo: se afaste.
Pena: Dor e lágrimas.

Artigo 2º. Agir sempre com a razão; emoção, extinta de você, demasiado humano.
Pena: você se tornará áspero, rigoroso e cruel. Se poupe.

Mas as exceções surpreendem! O autocontrole não existe. Moderação sim.

Somos máquinas, mas humanas. O diferencial de toda vida que existe no planeta Terra. Somos responsáveis por tudo na superfície terrestre. E acima de tudo, responsáveis por nós mesmos. Responsáveis pelas nossas decisões, palavras ditas e não ditas, atitudes, olhares, uma expressão, um carinho, um não, um sim. Nós somos o que nós mesmos fazemos de nós. Somos infinitos. Somos nós. Eu, você, tu, eles, nós, vós...