Visitante número

segunda-feira, 25 de maio de 2009

POUCA LUZ, POUCAS PALAVRAS




Pouca luz, poucas palavras.
Dos lábios, beijos.
Dos olhos, carícias.
Das mãos, afagos.

Com a fraca luz povoando seu rosto,
Contorno tua boca com os dedos,
Meço teus olhos com meus,
Beijo-te como se fosse à primeira vez.

Eu e você, entrelaçados como teia,
Juntos como o mar e a areia,
Nos degustamos levemente
Com pouca luz e poucas palavras.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

BRILHO


Busco-me pela imensidão do espaço
Pelo infinito da noite estrelada
Eu, só, aprecio as estrelas,
A milhares de quilômetros

Elas brilham, falam, se comunicam
Em outros ares, uma batalha de titãs
Dois olhos as encaram
Sem intenção de machucá-las

O brilho contemplado pelos olhos distantes,
Penetram na alma pura e doce
Cria-se vida nos formosos olhos
Grandes, eles me iluminam

Não os vejo, mas sinto-os
Presentes, como um leve e benevolente toque
Logo, as distantes estrelas sussurram:
“Achastes teu brilho”

sexta-feira, 1 de maio de 2009

TE QUERO


Te quero agora e amanhã
Na calada da noite
Na manhã com névoa
Nos dias com sol e chuva

Te quero agora e amanhã
Quando a luz não me tocar
Quando o silêncio soar
Pelas ruas e esquinas

Te quero agora e amanhã
Além das palavras
Além do óleo sobre as telas
Te quero!

VOCÊ AUSENTE



Você ausente é como tocar um violão e não sair som: mudo e calado.

Você ausente é como pintar um arco-íris e não ter cor: triste e desconfigurado.

Com sua ausência, fico inerte. Sou composto de aparências.



Você ausente, banho-me de luz noturna.

Você ausente, minha mão não se acomoda: inquieta, ela escreve.

Com sua ausência, meus olhos congelam. Sou apenas um sonhador.



Você ausente, meu coração transborda no meu peito.

Você ausente, os segundos, os minutos se multiplicam.

Com sua ausência, abraço-me. Sou apenas a esperança.