Visitante número

terça-feira, 21 de agosto de 2007

SEMANA NACIONAL DO EXCEPCIONAL – 2007

“Participação e Autogestão: em busca da igualdade de oportunidades”.






Do dia 21 a 28 de agosto, é comemorado a Semana Nacional do Excepcional, ou seja, é um movimento apaeano onde busca a conscientização e o exercício pleno dos direitos das pessoas com deficiência. Sabe-se que a inserção de pessoas especiais na sociedade brasileira ainda há diversos obstáculos.

O preconceito é notório em grande parcela da população, quando percebe sua negação ou coisificação do ser humano com alguma deficiência. Um tabu em pleno o século XXI, que aceitar o “Outro”, o “Diferente” é ainda preciso quebrar correntes que possibilite a aproximação destes e o conheçam a sua essência, a sua forma de viver.

Dia da Consciência Negra, o grito dos negros. A Parada Gay, o grito dos homossexuais. O Dia do Índio, o grito dos Índios.As rebeliões, o grito dos prisioneiros. E por fim, a Semana Nacional do Excepcional, o grito das pessoas Especiais. EU EXISTO!!!


Breve Histórico – Matéria da Apae Brasil




A Organização dos Estados Americanos – OEA declarou a “Década das Américas: pelos Direitos e pela Dignidade das Pessoas com Deficiência, durante o período 2006-2016”, elegendo como lema: IGUALDADE, DIGNIDADE E PARTICIPAÇÃO. Tal declaração visa alcançar o reconhecimento e o pleno exercício dos direitos e da dignidade das pessoas com deficiência, e seu direito de participar plenamente da vida econômica, social, cultural, política e no desenvolvimento de suas sociedades, sem discriminação e em situação de igualdade com os demais cidadãos.

Diante disso a Federação Nacional das Apaes entende como sendo fundamental a adoção deste mesmo lema para os próximos dez anos – Igualdade, Dignidade e Participação – e a eleição de um tema anual em consonância com essa declaração.

Em 2007, a Federação Nacional das Apaes elegeu o tema: “Participação e Autogestão: em busca da igualdade de oportunidades” que, além de estar consoante com o nosso Planejamento Estratégico e pensada no contexto da Década das Américas, contribuirá para reforçar a idéia de que o exercício dos direitos das pessoas com deficiência passa, necessariamente, pela ampliação dos espaços e das possibilidades da própria pessoa falar por si e defender suas opiniões.

Tradicionalmente, temos escolhido um tema anual para a Semana Nacional do Excepcional, no intuito de mobilizar a rede apaeana, sensibilizar e conscientizar a sociedade em geral e ao Governo nas suas diferentes esferas, sobre os direitos fundamentais da cidadania plena das pessoas com deficiência.

O tema proposto deverá, por sua vez, tanto orientar as ações de mobilização da rede apaeana durante a Semana Nacional do Excepcional em sua edição 2007 quanto servir de eixo gerador de reflexões e debates a serem realizados no decorrer do ano.

Apae de Itararé está realizando, nos dia 20, 21 e 22 feira de artes visuais e exposição de artesanato na entidade. A partir do dia 23, as artes visuais e artesanatos estarão na Praça São Pedro, até dia 28 de agosto. Compareça e confira os trabalhos realizados pela entidade.


"Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito." Albert Einstein

terça-feira, 7 de agosto de 2007

ITARARÉ




“...Itararé da campinas e mil recantos amados, das verdejantes colinas e dos vales ondulados...”


Itararé: Pedra que o rio cavou, pedra escavada, curso subterrâneo das águas dum rio através de rochas calcárias. Itararé da batalha que não houve. Itararé do ramal da fome. Itararé da barreira, do corisco, dos tropeiros. Itararé da estrada de ferro da Sorocabana. Itararé do Barão de Itararé. Itararé do rio Itararé. Itararé, Itararé...

Cidade do interior paulista com divisa com o Paraná. Cidade pacata, dos aposentados jogando truco na praça São Pedro, dos católicos indo à igreja da matriz todos os domingos, das famílias passeando de carro pelas ruas de paralelepípedo. Cidade das figuras históricas e bêbados perdidos pelas ruas. Cidade tradicional e conservadora.

Quermesse, festa do peão, festa do milho verde, festa da mandioca, primeirão, associação, esquinas e quebradas: os point’s principais que viram campo de batalha às vezes, o velho faroeste.

Cinqüenta mil Itarareenses, muitos com sua cova já cavada. O recanto da inércia e do amém. Do sossego inabalável e andorinhas voando as 18:00 horas.

Na madrugada, cidade fantasma. Bares, lanchonetes, comércio, tudo fechado. Ordens do ditador supremo.

Viva as empresas que fornecem empregos. Viva aquele que subiu na vida. Os chefões que zelam por nós. O monopólio enraizado. São considerados heróis.

De trinta a quarenta minutos de caminhada atravessamos o centro urbano de Itararé. Cerrado, Pedra Branca, Santa Cruz, bairros rurais onde famílias vivem longe da “cidade”. Rua São Pedro é cidade, vila Santa Terezinha, vila Osório , Alvorada, Beca é vila ou bairro, não cidade. “Vou descer na cidade! Vou subir na cidade”.

Itararé é como três montanhas pequenas, as “verdejantes colinas”. A colina do meio é onde passa a rua São Pedro, o centro. A outra, do lado sul, fica a vila Santa Terezinha e outros bairros. A colina do norte, um pedaço fica classe alta, onde tem as mansões, e outros pedaços ficam bairro do Cruzeiro, Osório, os principais bairros.

Costumes e gírias: dez reais é deizão. Cinqüenta reais é cinquentão. “Ôô fraco”. “ Vixi Maria”. “Pôbrema”.Parar para olhar o céu quando passa avião ou helicóptero, não é sempre. A noticia boca boca: o maior meio de comunicação, rápido e ágil.

Assim é Itararé, a pedra que o rio cavou e continua cavando, mais e mais. Não sei onde podemos chegar, um futuro nebuloso e incerto.