No escuro um homem caminhava. Ele não conhecia o terreno. Não era guerrilheiro nem policial. Era um caminhante da vida. Livre e solto no ar. O vento indicava seu rumo.
Certo dia o vento parou de soprar. Ficou perdido no mundo: sem o vento e no escuro. A luz não existia mais. O escuro triunfou. Com a ausência de luz veio o medo.
O pobre homem ficou inerte num pequeno pedaço de terra: sem se mover. Apenas se deitava e levantava. E por anos assim ficou: no escuro, com medo e sem esperança do vento voltar.
Um dia ele sentiu uma pequena brisa. Esta brisa soprava numa direção que ele já conhecia. Este caminho já conhecido, que a brisa indicava, era uma trilha dolorosa e difícil. Haveria sacrifícios.
Logo a brisa passou a Ser o vento. Um vento forte que não deixa o pobre homem parado. Ele tinha que andar. Caso contrário deveria lutar contra o vento. No começou ele tentou lutar, mas foi em vão. Ele se arriscou. Mesmo com medo. Afinal, sua vida, sua felicidade estava em jogo.
Trilhou o caminho que o vento indicava. Chegou e se surpreendeu. Pensou: ‘ por qual motivo ou razão não me arriscaria se eu não sabia o que me esperava?’
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
O VENTO
Postado por Rodrigo Barbosa Urbanski - O Grito às 11:32
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